ENCONTRO COM O SAGRADO: A Descoberta do nosso Self.
- caioquindere
- 25 de set. de 2024
- 3 min de leitura

Imaginem que um dia, há milhares de anos, sob uma noite de céu estrelado, com uma lua nova esplendorosa, o Homo Sapiens sentou-se na relva, abraçou sua companheira, olhou para o firmamento e contemplou este espetáculo da natureza.
Deslumbrado, o homo sapiens apontou para os céus como se pudesse tocar em uma das estrelas no firmamento, e, tomado por tudo, teve um vislumbre, um fragmento de pensamento em sua mente ainda não afeita a ilações mais complexas, em síntese foi algo que remeteu a “Quem fez tudo isso?”
Pronto! Alegoricamente, talvez tenha sido esse o primeiro despertar da busca eterna do encontro com o sagrado.
No decorrer da história da humanidade essa busca de encontro com o sagrado foi ganhando corpo, complexidade, estruturações mais diversas, agregada a ritualísticas, fundamentada em leis herméticas, envelopada em liturgias e cristalizada muitas vezes por dogmas, apropriada pelas religiões e colocada sob um véu de mistério pelas escolas e fraternidades místicas/ocultas/esotéricas.
Por conta disso, vive hoje o ser humano ainda deslumbrado, querendo tocar as estrelas, mas coaptado a acreditar que somente pelas religiões e fraternidades é possível se encontrar com o sagrado.
Por outro lado, se o movimento New Age apresentou ao mundo uma outra perspectiva, libertária, de autoconsciência e transmutação na chamada era de Aquário, também trouxe consigo o efeito “estouro da boiada”, aquilo que estava reprimido por tanto tempo, preso pelas rédeas da ortodoxia religiosa e do segredo misterioso do oculto, foi manifestado sem freios e direção, muita das vezes.
Esse efeito trouxe para o seio da Nova Era, esquisitices ritualísticas, teorias da conspiração, o surgimento dos “gurus” de plantão, os fazedores de milagres, os travestidos de salvadores da pátria, os ilusionistas motivacionais e a teologia da prosperidade manifestada nas mais diversas formas.
O ser humano continua na busca incansável dessa conexão com o Sagrado, sem se aperceber do que aconteceu com Homo Sapiens do início deste texto. O Homo Sapiens simplesmente ao observar a noite estrelada, se deu conta da imensidão de tudo, que não era o autor ou criador deste espetáculo, mas que sim, ele fazia parte do todo. Simples e ignorante, como dizem que nascemos, dentro da sua limitada capacidade à época, o Homo Sapiens manifestou pela primeira vez o que hoje é o “Eu Sou”. Integrado com a natureza, que garantia sua sobrevivência e subsistência, ele contemplou e, pelo tempo que ficou ali, meditou pela primeira vez conectando com tudo e realizando fazer parte do todo.
Precisamos recriar esse momento em nossas vidas. O Sagrado embora se mostre na imensidão do cosmo, em tudo que nos rodeia, antes de mais nada está dentro de nós. Somos a imagem e semelhança desse Sagrado, continuamos a ser, o mesmo ponto de luz que surgiu quando, em um instante cósmico, o universo pulsou nos liberando para a nossa viagem no espaço-tempo.
Precisamos nos reconectar com nós mesmos, nós somos o sagrado manifestado e o sagrado se manifesta através de nós.
Nós nos abrimos para tantas coisas nas nossas vidas, deixamos tantas outras, não só entrar, como se instalar em nosso campo, que esquecemos do essencial, somos um com o Sagrado.

Precisamos nos integrar conosco mesmos, buscar o Sagrado lá fora é uma ilusão, continuaremos a tentar tocar as estrelas do céu com nossos dedos, quando seria muito mais fácil tocar o ponto de luz que somos dentro de nós.
Existem cursos, métodos, técnicas para fazermos esse contato interior, desenvolvermos e manifestarmos a autoconsciência plena? Claro que sim, mas nada disso adiantará se não trabalharmos, colocarmos em prática e tornarmos verdadeiramente isso, realidade em nossas vidas. Pense nisso, #manifesta.
Por,
Caio Omae
Radiestesista e Terapeuta
Projeto: Encontro com o Sagrado
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